O Telessaúde UFSC em parceria com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SES-SC) está lançando novos fluxos de teleconsultorias para o apoio dos profissionais da APS no atendimento de casos de sífilis, HIV e hepatites B e C. O objetivo é responder as dúvidas sobre o manejo clínico e de fluxos de encaminhamento, sem restrição de idade ou sexo da pessoa atendida.  O serviço já está disponível para profissionais que possuem cadastro no Telessaúde UFSC. 

linkedin fluxo

Como preencher a solicitação de teleconsultoria no STT 2:

[Após acessar o STT com as informações individuais de login, iniciar uma nova teleconsultoria e selecionar a sua equipe;]

1. Em “Classificação”: escolha “Dúvidas clínicas gerais”;

2. Em “Especificação”: selecione entre “IST – Hepatite B e C” ou “IST – HIV” ou “IST – Sífilis”;

(A inclusão de paciente vinculado é opcional. Mas se for, lembre-se de marcar a caixa “Sim” e buscar as informações sobre o paciente;)

3. Em “Assunto”:  selecione “Outro”;

4. Complemento: digitar o nome da infecção (ou algum termo que melhor identifique a sua dúvida);

[Seguir com o preenchimento dos campos obrigatórios (*) e enviar a dúvida.]

Confira o passo a passo de cada fluxo clicando nos links abaixo:

Passo a passo teleconsultoria sobre sífilis;

Passo a passo para teleconsultoria sobre HIV/Aids;

Passo a passo para teleconsultoria sobre hepatites B ou C.

Situação epidemiológica em Santa Catarina

HIV/Aids

A Declaração de Paris, de 2014, estabeleceu as metas de “90-90-90”: 90% das pessoas vivendo com HIV sabendo que têm o vírus; 90% das pessoas que sabem que têm o vírus recebendo tratamento antirretroviral; e 90% das pessoas em tratamento antirretroviral tendo carga viral indetectável. Com essas metas alcançadas, espera-se acabar com a epidemia da Aids no mundo até 2030. Santa Catarina, com a participação dos municípios, tem acompanhado a tendência nacional de diminuição de novos casos de infecções e de redução da mortalidade em decorrência da Aids nos últimos anos. Ainda assim, 1.618 novos casos de infecção pelo HIV foram notificados no estado em 2020 e o coeficiente de mortalidade está em 5,5 /100.000hab, acima da média nacional que é de 4,9/100.000hab. Estratégias como a prevenção combinada, a disponibilização de medicamentos mais potentes e a ampliação das testagens têm trazido mais liberdade à população sexualmente ativa e mais recursos para os serviços de saúde. Todo esse trabalho, é claro, passa pelos cuidados dos profissionais de saúde. Para se manter atualizado e tomar decisões mais seguras, sempre de acordo com as evidências científicas e as políticas públicas mais atuais, disponibilizamos o apoio de profissionais especialistas no tema através das teleconsultorias sobre HIV/Aids.

Dados disponíveis em: https://www.dive.sc.gov.br/phocadownload/boletim-barriga-verde/HIV-AIDS/boletim-barriga-verde-aids-2021.pdf

Sífilis

Uma infecção curável, com tratamento, identificada em testes rápidos e passível de ser evitada. Mesmo com tantos fatores de combate e prevenção, a sífilis continua se difundindo pela população catarinense. No ano de 2021, Santa Catarina apresentou a maior taxa de detecção de sífilis adquirida no Brasil, com 162,7 casos por 100.000 habitantes. Foram quase 12.000 pessoas infectadas, número que vem crescendo desde antes da pandemia.

A situação também se agravou no caso da sífilis em gestantes, com 24,1 casos por 1.000 nascidos vivos em Santa Catarina no último ano, em comparação com 21,7 por 1.000 nascidos vivos em 2019. A partir da identificação de casos de sífilis em gestantes, é possível realizar o tratamento e a prevenção de casos de sífilis congênita, que passa da mãe para o bebê.

O diagnóstico precoce pode evitar transmissão e prejuízos para a saúde. Para se manter atualizado e tomar decisões mais seguras, sempre de acordo com as evidências científicas e as políticas públicas mais atuais, disponibilizamos o apoio de profissionais especialistas no tema através das teleconsultorias sobre sífilis.

Dados disponíveis em: https://www.dive.sc.gov.br/phocadownload/boletim-barriga-verde/sifilis/Boletim%20epidemiolgico%20sfilis%20em%20Santa%20Catarina%202021.pdf

Hepatite B e C

Mesmo com tratamentos específicos e esquema vacinal (no caso da B), as hepatites B e C são as maiores causas de morte por hepatites virais, somando 56 óbitos no estado de Santa Catarina em 2021. Em comparação aos dados nacionais, Santa Catarina apresenta taxas de detecção superiores aos outros estados, registrando 12,4 casos de hepatite B e 11,2 de hepatite C por 100.000 habitantes. Apesar disso, Santa Catarina registra um decréscimo de casos em relação ao ano de 2019, pré-pandêmico.

No caso da hepatite C, nos anos de 2020 e 2021, identificaram-se as menores taxas de infecção desde a separação dos marcadores sorológicos (anti-HCV ou HCV-RNA reagentes) na detecção de casos, aplicada a parir de 2015.

Mudanças de definição e melhores formas de tratamento são constantes, contribuindo para uma melhora da detecção e prevenção. Para não ficar na dúvida sobre procedimentos e estar sempre de acordo com as evidências científicas e as políticas públicas mais atuais, disponibilizamos o apoio de profissionais especialistas no tema através das teleconsultorias sobre Hepatite B e C.

Dados disponíveis em: https://www.dive.sc.gov.br/phocadownload/boletim-barriga-verde/hepatites-virais/BBVHepatitesVirais2022.pdf